sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

sem título

de um cavalo negro 
se espera que voe como fumo.
de um furacão que se extinga em chamas
e labaredas pelo chão.
espero de um coração que deixe de bater 
enquanto o corvo não deixe de voar.
espero de um palácio que se vire do avesso, 
pela porta dos fundos.
do mar que se eleve aos céus trocando de lugar.
espero que dos olhos pendam lágrimas de sangue
que não sejam de santo.
espero que as rosas virem apenas espinhos.
e que a "ave do deserto" nunca parta do "céu".

espero,
 
enfim,

que dos versos colapsem os limites 
do razoável. 
que do universo se extinga o infinito nas nossas mãos.

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