pudera eu indicar-te o caminho
por onde desbravares a vereda,
estreita é certamente,
mas cavada já por muitos antes de mim.
pudera eu dizer-te que trazes cerrados os olhos,
mas mente quem assim te engana,
quem assim tos veda,
esconde de ti a vida e a estrada que tens em frente.
pudera eu dizer-te vem comigo,
que é larga a via,
mas não teria eu força suficiente
para te arrancar do lodo onde te prendem,
para romper a mordaça que te atam,
e libertar as tuas mãos das correntes que tas matam.
mas podemos nós dizer-te
vem connosco, ergue o rosto.
poderás ser um de nós,
e o lodo não será prisão,
nem as mordaças limitação.
e serão nossas, nossas mãos,
a ferramenta da vida em construção.
2 comentários:
isto...isto...é lindo.
Excelente poema, MT!
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