terça-feira, 3 de novembro de 2020

sem título

o meu sangue, orquídea negra, a espalhar-se
de raizes aéreas rompendo a floresta
estendendo apenas as saudades à casca da árvore
de onde brotara
o meu sangue como um fantasma 
habitando o futuro e todo o mundo aplaudindo de pé
a miragem de um oásis
como se fosse um milagre estar vivo



no deserto.

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