segunda-feira, 27 de agosto de 2018

sem título

escreve um poema sem destinatário
entrega já colhido um coração
transportado a temperatura abaixo de zero

afinal de contas, o órgão nem notará diferença.

faz um filho fictício com o céu e as constelações todas
esconde uma galáxia no armário
dá apenas a epiderme no beijo mais fundo
todo de aço

inoxidável.

1 comentário:

Maria disse...

Há poemas impossíveis dentro de palavras possíveis.