até passar a ombreira
das portas que ninguém quer abrir
principalmente eu
nunca pensei que o escuro tivesse um som tão duro
tão rombo
como terra se abatesse sobre o corpo
na ponta de uma pá
segura nas minhas próprias mãos
sempre necrófago devorei corações mortos
agora em recuperação
habituo-me a custo
a corações ressuscitados.
a luz habita a voz da escuridão
e vice-versa.
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