não deixa vestígio na toxicologia
um polónio do ego
uma viagem pelos sítios mais inúteis
pelos abismos menos entusiasmantes
das que te fazem procurar na rosa dos ventos um ponto cardeal que não existe
viajar por aí às escuras mesmo depois de encandeares a vista numa lâmpada incandescente
com as mãos à frente a tactear o vazio
de que afinal nunca saíste
e ler as todas as páginas do livro que te entediou nas primeiras linhas
para depois perceberes que a melhor parte era o prefácio.
aqui jaz a realidade
assassinada.
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