das mãos que a moldam,
não há valor que se escreva em números
como dos olhos brilhantes dos vivos
não testemunham os abutres que comem os mortos
é neste último cigarro de vinho
que evapora dos meus ombros o peso das horas
que o fôlego brando do descanso me toma
e o ar limpo me respira
que a noite vem suave pousar-me na têmpora o seu beijo
me entrega no pio das corujas brancas
e finalmente
no silêncio